
Pensando nos livros, resolvi pequisar na rede o que pensam os internautas sobre bibliotecas. Descobri que nas instituições privadas, para atender os requisitos do MEC, não é incomum a compra de livros “por metro”. Li também que, em geral, vale a ideia de que excelentes bibliotecas contribuem para que o ensino superior consiga atingir excelência em investigação e docência. Esse é provavelmente o pensamento de alguém envolvido com livros e, talvez, universidades e escolas. Descobri ai
nda o que pensam os mais jovens (uma minoria, espero!): “Boa parte das bibliotecas são espaços onde sobram poeira, desorganização do acervo e servidores desestimulados". Estão errados? Certamente não. Basta visitar algumas das bibliotecas públicas. Digo isso porque me lembro das visistas que fiz à Biblioteca Kennedy, em Santo Amaro - experiência desanimadora. (E a Mário de Andrade, que vive eterna reforma?)
Porém, há internautas que afirmam ser a presença ubíqua do livro importante para sedimentar o hábito da leitura, algo em que acredito piamente. Só nos tornamos íntimos daquilo que podemos ver, tocar ou que está à nossa volta. O mundo moderno é ágil. O apelo audiovisual é quase irresistível, porém tudo é visto e experimentado muito ligeiramente, não se aprofunda. Uma vez morta a curiosidade, um outro clique, um segundo fugaz e, no momento seguinte a informação anterior já está na lixeira, não repousa no cérebro. A leitura, esta, requer um ritual próprio, exige concentração. Ainda que, às vezes, dispense o ambiente, é preciso se deixar cativar, tal qual aquela história do príncipe e a raposa. Exige tempo e o amanhã jamais será igual depois de uma centena de páginas lidas, viajadas, vividas e aprecidas.
Mas, divagações à parte, voltemos à Brasiliana. Ali, em meio a exemplares luxuriantes, há um espaço para comentários, que vêm de todas as partes do país. Um, em especial me chamou a atenção: "Sinto-me orgulhoso de ser brasileiro a cada vez que ouço falar de Mindlin. Esteja em paz". Parece clichê, mas acho que não, foi verdadeiro. Mindlin foi um herói para poucos, para privilegiados e interessados. Sobreviverá, ao contrário de tantos outros heróis momentâneos e midiáticos. Afinal, em vida, mirava-se em Montaigne e como ele afirmava: "Je ne fay rien sans gayeté". E faz o que gosta, perdura!
Nota: Ex Libris de Mindlin: Je ne fay rien sans gayeté (Eu não faço nada sem alegria).

Porém, há internautas que afirmam ser a presença ubíqua do livro importante para sedimentar o hábito da leitura, algo em que acredito piamente. Só nos tornamos íntimos daquilo que podemos ver, tocar ou que está à nossa volta. O mundo moderno é ágil. O apelo audiovisual é quase irresistível, porém tudo é visto e experimentado muito ligeiramente, não se aprofunda. Uma vez morta a curiosidade, um outro clique, um segundo fugaz e, no momento seguinte a informação anterior já está na lixeira, não repousa no cérebro. A leitura, esta, requer um ritual próprio, exige concentração. Ainda que, às vezes, dispense o ambiente, é preciso se deixar cativar, tal qual aquela história do príncipe e a raposa. Exige tempo e o amanhã jamais será igual depois de uma centena de páginas lidas, viajadas, vividas e aprecidas.
Mas, divagações à parte, voltemos à Brasiliana. Ali, em meio a exemplares luxuriantes, há um espaço para comentários, que vêm de todas as partes do país. Um, em especial me chamou a atenção: "Sinto-me orgulhoso de ser brasileiro a cada vez que ouço falar de Mindlin. Esteja em paz". Parece clichê, mas acho que não, foi verdadeiro. Mindlin foi um herói para poucos, para privilegiados e interessados. Sobreviverá, ao contrário de tantos outros heróis momentâneos e midiáticos. Afinal, em vida, mirava-se em Montaigne e como ele afirmava: "Je ne fay rien sans gayeté". E faz o que gosta, perdura!
Nota: Ex Libris de Mindlin: Je ne fay rien sans gayeté (Eu não faço nada sem alegria).
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